Morre o sambista Arlindo Cruz aos 66 anos

O cantor e compositor Arlindo Cruz morreu, nesta 6ª feira (8.ago.2025), aos 66 anos. O sambista estava internado no Hospital Barra D’Or, no Rio. A informação foi confirmada pela família. 

Arlindo vivia com sequelas de um AVC (Acidente Vascular Cerebral) sofrido em 2017. O cantor ficou quase 1 ano e meio hospitalizado depois do derrame. Em abril deste ano, ele havia sido internado com um quadro de pneumonia. 

Em nota de pesar publicada no Instagram do artista, a família agradeceu às mensagens de carinho e orações “recebidas ao longo de sua trajetória”. Afirmam ainda que “sua voz, suas composições e seu sorriso permanecerão vivos na memória e no coração de milhões de admiradores”. 

Ainda não há informações sobre o velório e o funeral de Arlindo. 

O sambista deixou a mulher, Babi Cruz, e 3 filhos:

Arlindo Cruz, o Arlindinho, também cantor;
Kauan Felipe, filho de um relacionamento extraconjugal e protagonista de uma batalha judicial com Babi;
Flora Cruz, filha caçula e influencer digital.

TRAJETÓRIA

Conhecido como “o sambista perfeito”, Arlindo Cruz nasceu em 14 de setembro de 1958 em Madureira –bairro que eternizou em canções como “Meu Lugar”. O gosto pela música foi incentivado pelo pai, que o presenteou com o 1º cavaquinho aos 7 anos. Estudou teoria musical na escola Flor do Méier, passou por rodas de samba, conjuntos e pela carreira solo. 

Um ponto de virada na carreira de Arlindo foi a entrada no grupo Fundo de Quintal. O sambista assumiu o lugar de Jorge Aragão em 1981. Ao todo, foram 12 anos na banda e sucessos como “Só Pra Contrariar” e “Castelo de Cera”.  

Depois de sair do grupo e seguir carreira solo, ele chegou a gravar com nomes como Zeca Pagodinho, Dona Ivone Lara, Diogo Nogueira e Alcione. Além das parcerias, diversos intérpretes também gravaram as composições do sambista. 

Em 2023, a escola de samba Império Serrano, agremiação do coração de Arlindo, fez o enredo do desfile de carnaval em homenagem ao cantor. No Instagram, a escola lamentou a morte do artista. 

“Arlindo Cruz é parte da alma do Império Serrano. Compositor genial, cantor de voz marcante e sambista de coração inteiro, ele escreveu páginas inesquecíveis da nossa história. Ao lado de grandes parceiros, Arlindo assinou obras-primas que ecoam nos corações imperianos até hoje, como o inesquecível ‘O Império do Divino’, de 2006. Ao todo, foram 12 sambas vitoriosos, com inúmeros prêmio”, diz um trecho da nota. 

Mesmo enfrentando as sequelas do AVC, o artista desfilou na Sapucaí junto à Império Serrano naquele ano.