Reunião remota com Scott Bessent está marcada para 13 de agosto, segundo o Ministro da Fazenda
O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, disse nesta 4ª feira (6.ago.2025) que terá uma reunião remota com o secretário do Tesouro dos EUA, Scott Bessent, em 13 de agosto. É exatamente uma semana depois do início do tarifaço norte-americano contra o Brasil.
“Tenho uma reunião marcada semana que vem, com data e hora, como o secretário Scott Bessent […] Já recebemos o e-mail confirmando dia e hora, oficializando o interesse em conversar”, declarou Haddad a jornalistas na sede de seu ministério, em Brasília.
O chefe da equipe econômica tem afirmado que tenta um novo encontro com Bessent desde o anúncio do tarifaço, em 9 de julho. Passou-se quase 1 mês para o brasileiro ter acesso à autoridade dos EUA. Ambos já estiveram juntos em Los Angeles em maio.
Apesar de a reunião do dia 13 ser à distância, Haddad considera a possibilidade de um compromisso presencial no futuro.
“Obviamente, a depender da qualidade da conversa, ela pode se desdobrar em uma reunião de trabalho presencial. Aí com os ânimos já orientados no sentido de um entendimento entre os 2 países”, disse.
O ministro da Fazenda afirmou querer tratar só de economia com Bessent. É uma referência ao julgamento do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) no STF (Supremo Tribunal Federal), citado pelo presidente norte-americano Donald Trump (Partido Republicano) como um dos motivos para o início da cobrança contra o Brasil.
“A questão da política tem que ser tratada na esfera da política. O Poder Judiciário tem independência, o Judiciário tem independência. Isso não está em pauta”, declarou.
TARIFAÇO DE TRUMP
As tarifas impostas pelos Estados Unidos de Trump contra o Brasil entraram em vigor. A medida começou a partir de 1h01 (horário de Brasília) desta 4ª feira (6.ago).
O presidente norte-americano determinou uma alíquota de 50% sobre as importações brasileiras. É uma taxa de 10% geral mais uma cobrança adicional de 40%.
Na prática, a medida deixará as exportações do Brasil aos Estados Unidos mais caras.