Indicador básico da economia é definido pelo Copom e influencia diretamente os juros aplicados sobre empréstimos e cartões de crédito
A Selic é a taxa básica de juros da economia brasileira. Definida periodicamente pelo Copom (Comitê de Política Monetária) do Banco Central, ela serve como referência para todas as demais taxas de juros do país, desde financiamentos bancários até os rendimentos da poupança.
O nome “Selic” vem de Sistema Especial de Liquidação e Custódia, plataforma onde são negociados os títulos públicos federais. A taxa, na prática, representa os juros médios das operações de 1 dia realizadas entre instituições financeiras com esses títulos como garantia.
É a principal ferramenta usada pelo BC para controlar a inflação. Se está alta, por exemplo, a autoridade monetária pode elevar a Selic para encarecer o crédito e conter o consumo. Por outro lado, quando a economia precisa de estímulo, o Banco Central pode reduzir os juros para baratear o crédito e incentivar o investimento.
Afeta diretamente os juros cobrados por bancos e instituições financeiras em empréstimos, financiamentos, cartões de crédito e outras modalidades de crédito. Também influencia os rendimentos de aplicações de renda fixa, como CDBs, títulos do Tesouro Direto e a própria poupança.
Além disso, a taxa tem impacto indireto sobre o câmbio, os investimentos estrangeiros e até as contas públicas. Uma Selic mais alta, por exemplo, aumenta os gastos do governo com o pagamento de juros da dívida pública.
Assista (2min52s):
EFEITOS NO DIA A DIA
As mudanças na Selic podem ser sentidas rapidamente pelo consumidor. Com juros mais baixos, fica mais barato parcelar compras ou financiar um imóvel. Já em um cenário de juros altos, o acesso ao crédito se torna mais restrito, o que pode desestimular o consumo.
COMO É DEFINIDA
A Selic é definida pelo Comitê de Política Monetária em reuniões realizadas a cada 45 dias. O Copom é formado por 9 integrantes: 8 diretores e o presidente do BC, Gabriel Galípolo.
Cada 1 deles vota para definir a taxa básica de juros. Pela composição, não há chance de empate.
Os encontros duram 2 dias –são feitos às terças e quartas-feiras. A 1ª reunião diz respeito às apresentações técnicas de conjuntura e a 2ª decide as diretrizes da política monetária.
Os comunicados com as decisões saem logo depois da 2ª sessão ordinária, a partir das 18h30. Já a ata do Copom, responsável por detalhar o que foi definido, é publicada às 8h da 3ª feira seguinte à reunião.
Fonte: https://www.poder360.com.br/poder-economia/poder-explica-o-que-e-a-taxa-selic/