Ibovespa tem alta de 25,8% em dólar no acumulado de 2025

É o 9º melhor desempenho entre os principais índices mundiais, de 1º de janeiro a 11 de julho deste ano, mesmo com o tarifaço de 50% de Trump sobre produtos brasileiros nos EUA

O Ibovespa, principal índice da B3 (Bolsa de Valores de São Paulo), registrou alta de 25,8% em dólar de 1º de janeiro a 11 de julho de 2025 –data do último fechamento. Trata-se do 9º melhor desempenho entre 21 maiores índices mundiais.

O resultado se dá mesmo diante do solavanco nos últimos dias por causa da decisão do presidente dos EUA, Donald Trump (Partido Republicano), de taxar em 50% produtos brasileiros exportados para o país norte-americano. O CEO da consultoria Elos Ayta, Einar Rivero, fez o levantamento com exclusividade para o Poder360.

O Ibovespa está atrás de índices como o alemão DAX (+36%), o português PSI (+35,3%) e o espanhol Ibex (+34,9%). O S&P Merval, da Argentina, foi o único que registrou queda (-35,1%). Teve o pior desempenho em dólar durante o período analisado.

Leia o infográfico abaixo:

ALTA EM REAL

O Ibovespa subiu 13,2% ao se considerar a rentabilidade nominal. Foi o 12º neste quesito.

A liderança é do chileno Ipsa, com alta de 22,7% no acumulado de 2025.

SOBE E DESCE DAS AÇÕES

A Cogna lidera o ranking ao se considerar o retorno ao investidor em dólar. Os papéis da empresa do setor educacional registraram alta de 177,5% em dólar neste ano.

A rede de supermercados Assaí (+100,6%) e a empresa do ramo de viagens CVC Brasil (+88,4%) completam o top 3.

Ao se considerar a variação em real, as ações da Cogna (+149,7%), do Assaí (+80,5%) e da CVC Brasil (alta de 69,6%) também apresentaram a maior rentabilidade.

Os papéis da Raia Drogasil, que atua no varejo farmacêutico, caíram 29,6% ao se considerar a moeda norte-americana. Produtora de etanol, a Raízen foi a 2ª que registrou a maior queda (-20,8%) em dólar.

As ações dessas empresas também estão entre as maiores quedas ao se considerar o real no acumulado de 2025. Leia abaixo:

Impactos do tarifaço

As ações da Raízen já tinham registrado em 2025 uma queda de 15,5% em dólar até a 4ª feira (9.jul). Foi quando Trump anunciou a taxa de 50%.

A empresa está entre as principais exportadoras para os EUA. Com o tarifaço, agora acumula perda de 20,8% em 2025.

Embraer acima da média

Os papéis da Embraer registravam ganho de 57,8% em dólar antes do anúncio das tarifas –houve recuo de 6,9% de 9 a 11 de julho. No acumulado do ano (+46,9%), as ações da fabricante brasileira de aviões ficaram acima da média do Ibovespa (+25,8%).

Cerca de 60% da receita da Embraer está atrelada aos EUA.

Razão para avanço do Ibovespa

Einar Rivero afirma que o bom desempenho da Bolsa brasileira em dólar (25,8% em 2025) foi “alavancado, em grande parte, pela desvalorização da moeda norte-americana frente ao real”, com queda acumulada de 10% neste ano.

Fonte: https://www.poder360.com.br/poder-economia/ibovespa-tem-alta-de-258-em-dolar-no-acumulado-de-2025/

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