Partido fala em “união do povo” e diz que as peças publicitárias são contra os “traidores da Pátria” e os “falsos patriotas”
O PT (Partido dos Trabalhadores) lançou nesta 6ª feira (11.jul.2025) uma campanha publicitária para rebater as tarifas anunciadas por Donald Trump (Partido Republicano) de 50% para todos os produtos brasileiros a partir de agosto. Chamada “Defenda o Brasil”, pede que a militância compartilhe as peças que são contra “traidores da Pátria” e “falsos patriotas”.
“Peças publicitárias destacam que traidores da Pátria usam os símbolos nacionais, mas não perdem a oportunidade de atacar o próprio país. União do povo e das instituições é fundamental para proteger o país”, declarou a sigla, por meio de sua assessoria.
As imagens divulgadas têm as cores e o formato da bandeira brasileira. No vídeo, os petistas colocaram “eles roubaram nossa bandeira” como frase inicial. Além disso, há citações ao ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e ao governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos).
Assista (1min33s):
“Patriotas batem continência para outra bandeira. Bajulam Trump, 50% de imposto na importação brasileira. Silêncio covarde dos falsos patriotas. Usaram nossa bandeira como fantasia para esconder traição, mentira, submissão. Essa bandeira não é adereço. Não é figurino de traidor. É símbolo de um país que trabalha. Nossa bandeira é para ser defendida. Defenda o Brasil”, diz a produção.
A campanha do PT segue a mesma identidade visual de ilustrações e vídeos feitos pelo governo federal. Segundo apurou o Poder360, a equipe do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) usará a palavra “soberania” como um dos pilares de comunicação nas campanhas sobre o tarifaço.
A análise do Planalto é que, independentemente do termo a ser usado, o conceito de soberania é fundamental ao se tratar do tema.
Lula publicou em sua conta no Instagram na 5ª feira (10.jul.2025) uma imagem em que se lê: “Brasil soberano”. No texto que acompanha a imagem, disse: “O Brasil é um país soberano com instituições independentes que não aceitará ser tutelado por ninguém”.
O mote da soberania já passou a ser usado por governistas, como congressistas e ministros, nas redes sociais.
Márcio Macêdo, ministro da Secretaria Geral da Presidência, por exemplo, disse na 4ª feira (9.jul) que Trump tenta “invadir a soberania do Brasil” ao divulgar carta em defesa do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), réu por tentativa de golpe no STF (Supremo Tribunal Federal).
O ministro do Supremo Flávio Dino declarou na mesma data que se sente honrado em fazer parte da Corte que “exerce com seriedade a função de proteger a soberania nacional”. O magistrado se manifestou por meio de uma publicação em seu perfil no Instagram.