“WSJ”, “Financial Times”, “BBC” e “Guardian” deram a notícia como manchete, no topo de suas homepages no on-line
Veículos de comunicação internacionais repercutiram a decisão do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump (Partido Republicano), de impor uma tarifa de 50% sobre os produtos do Brasil. A medida foi anunciada na 4ª feira (9.jul.2025).
Trump publicou uma carta que foi destinada ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Ele justificou a tarifa pelo tratamento que o governo brasileiro deu ao ex-presidente do Brasil Jair Bolsonaro (PL), a quem disse respeitar “profundamente”.
As tarifas de 50% serão impostas a partir de 1º de agosto de 2025. A medida vale para todos os produtos brasileiros enviados para os EUA.
Eis o que disseram os jornais:
Wall Street Journal (EUA) – a publicação norte-americana afirma que Trump justificou a decisão citando Bolsonaro. Diz que a tarifa imposta por Trump ao Brasil é a mais alta anunciada desde que o norte-americano passou a enviar cartas aos líderes de determinados países para comunicar na cobrança.
New York Times (EUA) – o jornal afirmou que as “tensões entre os Estados Unidos e o Brasil explodiram repentinamente”. Fala sobre a declaração de Trump sobre Bolsonaro e cita a resposta de Lula à carta do presidente norte-americano, ameaçando elevar tarifas sobre produtos dos EUA. “A disputa, que está escalando rapidamente, tem potencial para causar grandes repercussões econômicas e políticas, especialmente no Brasil”, lê-se na publicação.
Financial Times (Reino Unido) – a publicação britânica diz que a decisão de Trump representa “uma escalada significativa das tensões entre os EUA e a maior economia da América Latina”. Conforme o jornal, a intervenção de Trump em favor de Bolsonaro “animará o movimento” da direita radical no Brasil, “que alega que a repressão judicial contra a desinformação digital atinge injustamente os conservadores”.
Guardian (Reino Unido) – conforme o jornal, as “ameaças mais recentes” de Trump a países como o Brasil “aumentam os temores de que a estratégia comercial errática” do presidente norte-americano “possa agravar a inflação nos Estados Unidos”.
BBC (Reino Unido) – a publicação cita as demais cartas enviadas por Trump e diz que, “ao contrário de muitos outros países, os Estados Unidos tiveram um superavit comercial com o Brasil no ano passado, vendendo mais produtos para o país do que comprando dele”. Ao anunciar as tarifas para o Brasil, Trump afirmou que o país tem um deficit comercial com o Brasil. Os números, porém, mostram o contrário. Dados do Mdic (Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços) mostram que a relação desde 2009 é deficitária para o Brasil e superavitária para os EUA.
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