Deputado licenciado afirma que o anúncio do norte-americano “apenas confirma o sucesso na transmissão daquilo que viemos apresentando”
O deputado licenciado Eduardo Bolsonaro (PL-SP) publicou uma carta nesta 4ª feira (9.jul.2025) na qual afirma que a tarifa de 50% imposta pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump (Partido Republicano), aos produtos brasileiros é uma resposta as ações do governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e do STF (Supremo Tribunal Federal).
Segundo Eduardo, o Brasil foi avisado, de diversas formas, pelos norte-americanos sobre as possíveis consequências. “A resposta das autoridades brasileiras foi o escárnio. Risos, ironias —e, ainda mais grave, a escolha de dobrar a aposta”, diz um trecho do texto assinado em conjunto com o jornalista Paulo Figueiredo, réu no Supremo por tentativa de golpe de Estado. Os 2 moram nos Estados Unidos.
“Nos últimos meses, temos mantido intenso diálogo com autoridades do governo do governo do presidente Trump — sempre com o objetivo de apresentar, com precisão e documentos, a realidade que o Brasil vive hoje. A carta do presidente dos Estados Unidos apenas confirma o sucesso na transmissão daquilo que viemos apresentando com seriedade e responsabilidade”, afirma o documento.
O deputado atribuiu a medida –a qual chamou de “Tarifa-Moraes”–, as ações do ministro Alexandre de Moraes contra o ex-presidente e seu pai, Jair Bolsonaro (PL). O ex-presidente também é réu no STF por tentativa de golpe de Estado.
“Desde o início da nossa atuação internacional, buscamos evitar o pior, priorizando sanções que fossem aplicadas de forma individualizada, com foco no principal responsável pelos abusos: Alexandre de Moraes. Sanções que muito possivelmente ainda serão adicionalmente implementadas, sem prejuízo da sua expansão também contra os seus apoiadores diretos”, afirmou o congressista.
Eduardo afirma que a situação “tende a se agravar” se o Brasil retaliar os EUA. Disse que o 1º passo é aprovar a anistia aos presos do 8 de Janeiro e responsabilizar os “agentes públicos que abusaram do poder”.
“Apelamos para que as autoridades brasileiras evitem escalar o conflito e adotem uma saída institucional que restaure as liberdades. Cabe ao Congresso liderar esse processo, começando com uma anistia ampla, geral e irrestrita, seguida de uma nova legislação que garanta a liberdade de expressão –especialmente online– e a responsabilização dos agentes públicos que abusaram do poder”, escreveu.
Leia abaixo a íntegra da carta:
Assista (5min9s):
NOTA PÚBLICA
Espero que desta vez as autoridades brasileiras tratem o assunto com a devida seriedade. pic.twitter.com/aB9xVSsvrd
— Eduardo Bolsonaro🇧🇷 (@BolsonaroSP) July 10, 2025