Senador classifica mote de taxação dos super-ricos como “estratégia do ódio” e cita protesto de militantes em prédio do Itaú
O senador Rogério Marinho (PL-RN) criticou nesta 5ª feira (3.jul.2025) a campanha do PT em defesa da taxação de super-ricos. Em publicação no X, o congressista classificou a iniciativa como uma “estratégia do ódio” que busca “dividir o país em 2”.
“Pobres contra ricos, pretos contra brancos, patrões contra trabalhadores. Esse é um filme ruim que estamos assistindo de novo, e já sabemos o final: quem perde é o Brasil”, disse Marinho.
Na postagem, Marinho citou a reportagem do Poder360 sobre uma ocupação em um prédio do banco Itaú na Faria Lima, em São Paulo, nesta 5ª feira (3.jul), por militantes de esquerda. O grupo pedia a taxação dos mais ricos.
“Se apoiadores da direita invadem prédios públicos ou privados, 17 anos de cadeia. Para a esquerda, sem punição. Isonomia é palavra riscada do vocabulário”, afirmou o senador.
RICOS X POBRES
Desde 5ª feira (26.jun), o PT começou uma articulação nas redes sociais para tentar emplacar a chamada “Taxação BBB: Bilionários, Bancos e Bets”. O partido do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) lançou um vídeo, produzido com IA (inteligência artificial), em que apresenta uma encenação em um bar onde um personagem questiona por que paga mais impostos que pessoas que consomem produtos de luxo.
Uma das mensagens da campanha compara a divisão da conta no “Boteco do Brasa” com a distribuição da carga tributária no Brasil, defendendo que o “novo IR” corrigiria uma “injustiça histórica”.
Já na 4ª feira (2.jul), o chefe do Executivo apareceu com um cartaz da “Taxação BBB” durante sua visita a Salvador, quando participava da comemoração do dia da independência do Brasil na Bahia. Nas redes sociais, Lula compartilhou a imagem com a mensagem: “Mais justiça tributária e menos desigualdade. É sobre isso”.
Ricardo Stuckert – 2.jul.2025
Lula com o cartaz em Salvador
O PT publicado em 27 de junho um vídeo na internet em que intensifica o discurso de enfrentamento entre pobres e ricos. Os pobres são retratados como figuras abatidas, carregando grandes sacos com a inscrição “imposto” nas costas. Já os ricos aparecem como homens brancos, de terno, segurando pequenos sacos com o mesmo rótulo.
Assista ao vídeo do PT (1min13s):
No mesmo dia, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, reforçou o discurso. Disse que a desigualdade precisa ser corrigida simultaneamente ao ajuste fiscal e que as medidas propostas para as contas públicas trazem ajustes ao “andar de cima” da sociedade.
REAÇÃO DA OPOSIÇÃO
Em resposta ao PT, o governador de Minas Gerais, Romeu Zema (Novo), publicou um vídeo classificando a iniciativa como “blá-blá-blá” do governo Lula e acusando-o de mentir para a população.
A federação formada pelos partidos União Brasil e Progressistas divulgou no domingo (29.jun) outro vídeo que utiliza a mesma estética de IA da peça petista. Mostra sacos de “impostos” sendo empilhados em uma balança, enquanto outros identificados como “gastos do governo” são arrastados com dificuldade pelo “povo” em carroças.