Deputada havia publicado texto contra apoio de uma casa de aposta à festa na cidade de São Paulo; uma empresa do mesmo ramo dá dinheiro para o São João do Recife, onde o prefeito é João Campos, namorado de Tabata
A deputada federal Tabata Amaral (PSB-SP) apagou uma publicação no Instagram em que criticava o patrocínio da Vai de Bet à festa “São João São Paulo“, realizada na capital paulista.
A exclusão se deu depois de internautas comentarem que outro empresa do setor, a Esportes da Sorte, patrocina a festa de São João do Recife, cidade comandada por seu namorado, João Campos (PSB).
No texto intitulado “Bet é Cultura?“, Tabata questionava a presença da empresa Vai de Bet nos festejos paulistanos. A congressista, que foi candidata à prefeitura paulistana em 2024, é adversária do prefeito Ricardo Nunes (MDB).
Eis a mensagem que depois foi apagada:
Depois de apagar a 1ª mensagem, a deputada voltou às redes. Em uma 2ª postagem, Tabata voltou ao assunto. Eis um trecho da mensagem que a deputada publicou depois:
A assessoria da deputada encaminhou uma nota ao Poder360. Eis a íntegra da nota:
“A deputada federal Tabata Amaral mantém seu posicionamento a favor da regulamentação das bets. O post em questão foi apagado porque havia um erro e já está novamente no ar. Junto a outros deputados Tabata propôs um pacote de leis que protege os mais vulneráveis, limita a publicidade e corta os laços entre poder público e esse setor bilionário. Entre as propostas estão o PL 2269/2025, que proíbe a publicidade irrestrita de apostas e exige mensagens de alerta sobre os riscos do vício; o PL 2278/2025, que restringe o acesso de grupos mais vulneráveis, como pessoas inscritas no CadÚnico ou endividadas; o PL 2280/2025, que cria uma poupança compulsória com parte dos depósitos como forma de proteção financeira ao apostador; e o PL 2279/2025, que proíbe que autoridades públicas ou reguladores tenham participação em empresas de apostas. O objetivo desse conjunto de propostas é impedir que esse setor bilionário continue operando sem controle, às custas da saúde mental e financeira da população”.