Em um único dia, polícia paulista protagonizou episódios de agressão e morte durante abordagens na zona sul da capital
Tarcísio de Freitas (Republicanos) afirmou nesta 3ª feira (20.mai.2025) que fará “todo o esforço para evitar cenas de excesso e abuso” da PM. “A gente não vai tolerar a violência policial“, disse o governador paulista, ao ser questionado sobre os casos envolvendo agentes da corporação, que protagonizaram episódios de agressão e morte no domingo (18.mai).
“Essas abordagens serão investigadas, imediatamente esses policiais já são afastados. É o que aconteceu [nos casos recentes]. Eles [os policiais] ficam à disposição da Corregedoria, fora do serviço de rua até o esclarecimento. Havendo constatação de que houve excesso, eles vão ser punidos rigorosamente“, afirmou o político, potencial candidato ao Planalto em 2026.
No domingo (18.mai), 3 PMs agrediram um homem com chutes e golpes de cassetete durante uma abordagem policial na zona sul da capital. A vítima, que não teve a identidade revelada, estaria com uma moto roubada. Imagens gravadas por uma testemunha mostram o homem caído no chão enquanto é agredido na região abdominal.
No mesmo dia, também na zona sul paulistana, um jovem de 19 anos foi morto dentro de casa, após ser perseguido por não parar em uma blitz policial. Segundo a mãe do jovem, ele tinha saído para comprar remédio e não parou por medo de perder a moto, já que estava sem capacete.
Câmeras em uniformes
O presidente do Supremo Tribunal Federal, Luís Roberto Barroso, homologou em 8 de maio um acordo que amplia o uso obrigatório de câmeras corporais por PMs em São Paulo. O governador citou o acordo e disse que 15 mil equipamentos deverão estar em uso em breve, como forma de evitar a violência policial, que cresceu durante seu mandato.
Tarcísio foi eleito com um discurso crítico ao uso de câmeras. O governador, porém, mudou de ideia publicamente em dezembro de 2024. Depois de casos de grande repercussão, com agressões explícitas cometidas por PMs —que chegaram a jogar um suspeito de cima de uma ponte —, o político do partido Republicanos admitiu que estava “completamente errado” em suas críticas ao uso do equipamento.