Dólar sobe para R$ 5,685 com acordo entre EUA e China

Moeda norte-americana superou R$ 5,70 na máxima desta 2ª feira (12.mai); países reduziram tarifas por 90 dias

O dólar comercial fechou em alta de 0,53% aos R$ 5,685 nesta 2ª feira (12.mai.2025) depois do anúncio de um acordo entre os Estados Unidos e a China para reduzir tarifas comerciais por 90 dias. Foi firmado depois de negociações realizadas em Genebra, na Suíça, durante o fim de semana.

Segundo  a declaração conjunta divulgada, a partir de 14 de maio, os norte-americanos reduzirão temporariamente as suas tarifas sobre os produtos chineses, que estavam em 145%, para 30%, enquanto a China reduzirá suas taxas sobre os produtos importados dos EUA, então taxados em 125%, para 10%. Eis a íntegra do comunicado em português (PDF – 44 kB).

As tarifas de 20% relacionadas ao fentanil impostas à China pelo presidente dos EUA, Donald Trump (Partido Republicano), em fevereiro e março, serão mantidas. No entanto, cada lado concordou em reduzir as tarifas “recíprocas” sobre o outro em 115 pontos percentuais por um período de 90 dias.

O dólar atingiu R$ 5,706 na máxima do dia. Na mínima, a cotação foi de R$ 5,661. O Poder360 mostrou que os investidores diminuíram sua exposição à moeda norte-americana depois do aumento das incertezas comerciais, o que enfraqueceu o dólar nos 4 primeiros meses do ano.

A expectativa de um acordo comercial dos EUA com a China animou investidores, que têm dúvidas sobre uma eventual recessão global provocada pela troca de tarifas.

No Brasil, os agentes financeiros aguardam a publicação da ata do Copom (Comitê de Política Monetária), que revelará com mais detalhes a discussão da última 4ª feira (7.mai.2025) que levou o Banco Central a subir os juros para 14,75% ao ano.

Os investidores reagem também às declarações do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, que, em entrevista ao portal UOL, disse que fará tudo o que for necessário para cumprir as metas fiscais até 2027.

Segundo o Boletim Focus, os agentes financeiros esperam uma inflação de 5,51% em 2025 e de 4,50% em 2026. O CMN (Conselho Monetário Nacional) estabeleceu uma meta de inflação contínua de 3%. O intervalo de tolerância é de 1,5 ponto percentual para cima e para baixo.

A regra que está em vigor desde o início do ano prevê que a inflação anualizada –acumulada em 12 meses– não pode ficar acima do teto de 4,5% por mais de 6 meses seguidos. Se permanecer, a meta será descumprida e o Banco Central terá que publicar uma carta com as explicações.

A autoridade monetária disse, em fevereiro, que deverá descumprir a meta em junho. Segundo o Boletim Focus, o mercado espera uma taxa Selic de 14,75% ao ano em dezembro de 2025 e de 12,50% em dezembro de 2026.

IBOVESPA

O Ibovespa, principal índice da B3 (Bolsa de Valores de São Paulo), fechou aos 136.563 pontos, com alta de 0,04% nesta 2ª feira (12.mai.2025).

Fonte: https://www.poder360.com.br/poder-economia/dolar-sobe-para-r-5685-com-acordo-entre-eua-e-china/

Deixe um comentário