Deputados falam em “hipocrisia” e citam ausência de investigação das denúncias de assédio moral contra a ex-ministra das Mulheres
Políticos da oposição criticaram o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) depois da demissão da ministra das Mulheres, Cida Gonçalves, nesta 2ª feira (5.mai.2025). O deputado federal Nikolas Ferreira (PL-MG) criticou a gestão da agora ex-ministra como “ineficiente” e citou as acusações de assédio moral contra Cida, substituída por Márcia Lopes, ministra do Desenvolvimento Social de Lula em 2010.
Cida foi demitida por Lula depois que sua imagem foi abalada por acusações de assédio moral no Ministério das Mulheres. Alguns dos relatos a citam diretamente como alguém que contribuía para um ambiente de trabalho marcado por assédio moral e perseguição. A ex-ministra nega as acusações. Em fevereiro, a Comissão de Ética Pública da Presidência arquivou um processo contra ela.
Nikolas sugeriu, em seu perfil oficial no X, que a nova administração do ministério responda às questões que, segundo ele, Cida não conseguiu esclarecer. “Durante a gestão de Cida Gonçalves, além do trabalho ineficiente admitido pelo próprio governo Lula, houve denúncias de assédio e racismo de ex-servidoras contra a ministra. Sugiro que a nova gestão comece pelo básico, que é responder o que ela não conseguiu”, escreveu o deputado.
O deputado federal Carlos Jordy (PL-RJ) também comentou a saída da ministra. Ele classificou o governo Lula como “o mais desgovernado da história: escândalos, irregularidades, assédios e, sobretudo, hipocrisia”.
Já a deputada federal Caroline de Toni (PL-SC) afirmou que o episódio é “mais um escândalo” no governo do petista. Ela também destacou as denúncias de assédio moral e repetiu o texto de Jordy: “É o governo mais desgovernado que já vimos: escândalos, assédios, irregularidades e, sobretudo, hipocrisia”.
A deputada também questionou a ausência de investigações e responsabilizações, afirmando que não basta demitir e “varrer a sujeira para debaixo do tapete”.
O vereador e cofundador do MBL, Rubinho Nunes (União Brasil-SP), também falou sobre o caso: “Cida Gonçalves, tida como símbolo da ‘representatividade feminina’ pela esquerda, foi demitida depois de uma série de denúncias de assédio moral contra servidoras do próprio ministério”, declarou Rubinho em seu perfil oficial no X.
Nunes afirmou que no governo do petista “mulheres são usadas como vitrine — e descartadas quando se tornam um problema”. Ele finalizou: “Demitir é fácil. Difícil é ter coragem para investigar e responsabilizar de verdade”.