Lula, Alckmin, Motta, Alcolumbre e outras personalidades publicaram homenagens ao pontífice; leia
Integrantes do governo, deputados, senadores, governadores, ex-chefes de Estado e ministros do STF (Supremo Tribunal Federal) publicaram notas nas redes sociais lamentando a morte do papa Francisco, nesta 2ª feira (21.abr.2025).
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) decretou luto oficial de 7 dias pela perda do líder religioso. Afirmou que o pontífice levou mensagem de amor, tolerância e solidariedade. “Que Deus conforte os que hoje, em todos os lugares do mundo, sofrem a dor dessa enorme perda. Em sua memória e em homenagem à sua obra, decreto luto de sete dias no Brasil. O Santo Padre se vai, mas suas mensagens seguirão gravadas em nossos corações”, disse, em nota. Leia a íntegra neste post.
Para o vice, Geraldo Alckmin (PSB), são legados do líder religioso a “simplicidade e seu humanismo”.
O presidente do STF (Supremo Tribunal Federal), o ministro Luís Roberto Barroso, lembrou que a espiritualidade verdadeira é a expressão do bem, do amor e da paz, com sabedoria, tolerância e compaixão. “O Papa Francisco encarnou essas virtudes como poucas lideranças nos dias de hoje. E a elas acrescentou o carisma e a empatia. A compreensão em lugar dos dogmas. Num tempo em que havia muita escuridão, foi uma luz iluminando a humanidade. A história o reconhecerá como um dos maiores”, falou.
O presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União Brasil-AP), disse ter recebido a notícia com “profunda tristeza”.
Já o presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), afirmou que o papa foi um “símbolo do diálogo, do acolhimento, da compreensão e, principalmente, da inclusão”.
Eis outras reações:
Alexandre de Moraes, ministro do STF: “Papa Francisco engrandeceu a Igreja Católica e continuará abençoando todos aqueles que têm o dever de manter seu legado de Paz e Solidariedade ao próximo, independentemente de todas as nossas diferenças pessoais ou religiosas, que nos tornam mais humanos e próximos de Deus. Sua mensagem de amor e sua luta contra o ódio e a discriminação são lições que o mundo jamais esquecerá.”
Gilmar Mendes, ministro do STF:
MORTE DE PAPA FRANCISCO
O papa Francisco morreu nesta 2ª feira (21.abr.2025), aos 88 anos. O pontífice foi o 2º líder mais velho a governar a Igreja Católica em 700 anos. Sua morte foi confirmada pelo Vaticano:“Às 7h35 desta manhã [2h35 de Brasília], o Bispo de Roma, Francisco, retornou à casa do Pai. Toda a sua vida foi dedicada ao serviço do Senhor e de Sua Igreja”.
Com a saúde debilitada, sofria de problemas respiratórios. Foi internado em 14 de fevereiro no hospital Policlínico Agostino Gemelli, em Roma, na Itália, para tratar uma bronquite, mas exames revelaram uma pneumonia bilateral. O religioso teve alta em 23 de março e estava em recuperação. Sua última aparição pública foi no domingo (20.abr), na bênção de Páscoa.
Argentino nascido na cidade de Buenos Aires em 17 de dezembro de 1936, Jorge Mario Bergoglio foi diagnosticado com pneumonia dupla no início de fevereiro de 2025. Em 2023, Francisco já havia passado 3 dias hospitalizado para tratar uma bronquite. Em março de 2024, não conseguiu ler o seu discurso durante uma cerimônia no Vaticano.
Em 22 de fevereiro, o Vaticano afirmou que Francisco enfrentou uma crise prolongada de asma e precisou passar por uma transfusão de sangue e que ele “não estava fora de perigo”. Os exames realizados mostraram plaquetopenia (diminuição do número de plaquetas no sangue) associada à anemia, o que levou à necessidade da transfusão.
ÚLTIMAS PALAVRAS
No domingo (20.abr.2025), fez uma aparição na varanda da Basílica de São Pedro, durante a celebração da Páscoa no Vaticano. Na cadeira de rodas e com dificuldades para falar, o sumo pontífice desejou uma “feliz Páscoa” aos fiéis.
Em seguida, passou a palavra para o mestre de cerimônias, o monsenhor Diego Giovanni Ravelli, que leu a mensagem “Urbi et Orbi” (“à cidade [de Roma] e ao mundo”) do papa. Ao final, fez a bênção diante dos milhares de fiéis reunidos na Praça São Pedro.
Na mensagem, o papa exortou os políticos a não cederem “à lógica do medo” e fez um apelo ao desarmamento. “A necessidade que cada povo sente de garantir a sua própria defesa não pode transformar-se em uma corrida generalizada ao armamento”, afirmou.
O CONCLAVE
Com a morte de Francisco, os cardeais iniciarão o conclave –termo de origem no latim “cum clave”, que significa “com chave”– para a escolha do 267º papa. O ritual, que remonta ao século 13, é realizado na Capela Sistina, no Vaticano, onde cardeais com menos de 80 anos se reúnem para eleger o novo líder da Igreja Católica Apostólica Romana. A quantidade de cardeais pode variar desde que não ultrapasse o limite de 120.
Para ser eleito, um candidato precisa receber 2/3 dos votos. O resultado é transmitido ao público presente no Vaticano e ao mundo por meio de uma fumaça que sai de uma chaminé no telhado da Capela Sistina. Ela é produzida pela queima das cédulas de votação com produtos químicos para dar a cor desejada. A fumaça preta significa que o papa não foi escolhido e a votação seguirá.
Quando um cardeal recebe os votos necessários, o decano do Colégio de Cardeais pergunta se ele aceita a posição. Em caso afirmativo, o eleito escolhe seu nome papal e as cédulas são queimadas com os químicos que produzem a fumaça branca, que comunicará a escolha do novo líder da Igreja Católica Apostólica Romana.
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