Segundo boletim médico desta 6ª feira (18.abr), Bolsonaro permanece internado na UTI, sem previsão de alta
O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) publicou um vídeo em suas redes sociais nesta 6ª feira (18.abr.2025) em que mostra trechos de sua rotina de recuperação depois da cirurgia para desobstruir o intestino e reconstruir a parede abdominal à qual foi submetido no domingo (13.abr).
Nas imagens, Bolsonaro aparece deitado no leito hospitalar, se alimentando por meio de sonda, caminhando pelos corredores da unidade e realizando exercícios de fisioterapia. Em um dos momentos, a ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro arruma, com as mãos, o cabelo do marido.
Assista (1min44s):
Segundo boletim médico desta 6ª feira (18.abr), Bolsonaro permanece internado na UTI (Unidade de Terapia Intensiva) do Hospital DF Star, em Brasília, sem dores e sem intercorrências. Ainda não há previsão de alta.
O ex-presidente realizou tomografias de controle que não revelaram nenhuma complicação em decorrência da cirurgia. Os médicos recomendam que o ex-presidente não receba visitas.
SAÚDE DE BOLSONARO
No domingo (13.abr), o ex-presidente passou por uma cirurgia chamada laparotomia exploradora. Esta foi a 7ª cirurgia pela qual Bolsonaro passa por complicações decorrentes da facada que levou em 2018.
De acordo com Bernardo Martins, gastroenterologista do Hospital Santa Lúcia Norte, de Brasília, a obstrução é uma alteração do fluxo normal do trato intestinal que pode ocorrer em qualquer altura do intestino proximal até o intestino grosso.
Pacientes com esse quadro podem sentir fortes dores abdominais e apresentar náuseas, vômitos, distensão abdominal.
Martins declarou que o objetivo da cirurgia é entrar na cavidade abdominal e explorar tudo o que estiver inadequado.
“Às vezes não fica claro o que vai ser encontrado no abdômen do paciente. O procedimento tenta resolver as anomalias abdominais que vão ser encontradas”, disse.
João Paulo Carvalho, cirurgião do aparelho digestivo do Hospital Alemão Oswaldo Cruz, avalia o quadro como perigoso.
“Pode gerar diversas complicações no organismo do paciente, como desidratação e distúrbios hidroeletrolíticos. Além disso, quando não tratada, pode levar à necrose do seguimento intestinal obstruído, ocasionando perfuração intestinal e infecção intraabdominal”, afirmou.
Segundo o médico, por causa do alto número de cirurgias na região, “a parede abdominal tornou-se enfraquecida, aumentando as chances de desenvolver uma hérnia incisional”.