Psol pede ao STF inconstitucionalidade de projeto sobre restos a pagar

Texto aprovado no Senado inclui liberação de valores pendentes de emendas e prorroga até 2026 o prazo para execução

O Psol entrou na 6ª feira (21.fev.2025) com um pedido no STF (Supremo Tribunal Federal) para declarar inconstitucionalidade do PLP (Projeto de Lei Complementar) 22/202, que prevê o pagamento de valores não processados a partir de 2019, o que inclui emendas dos congressistas. O projeto deve liberar cerca de R$ 17,3 bilhões de recursos pendentes do orçamento federal.

O texto foi aprovado recentemente no Senado. Ele adia para 2026 o prazo de execução das emendas liberadas e ainda não liquidadas.  

A petição do Psol foi apresentada na Ação Direta de Inconstitucionalidade (ADI) 7697, que está sendo relatada pelo ministro Flávio Dino.

O partido argumenta que a prorrogação do prazo de execução das emendas contraria princípios de transparência e responsabilidade fiscal e pode resultar em uma pressão sobre o orçamento público. 

Também fala que o projeto vai contra a LDO (Lei de Diretrizes Orçamentárias), que estabeleceu o cancelamento dos valores pendentes em 31 de dezembro de 2024 caso não houvesse progresso na sua execução. 

Segundo o partido, o texto aprovado permite a acumulação excessiva de emendas, prejudicando as contas públicas.

O PLP 22/202  é de autoria do líder do governo no Congresso, Randolfe Rodrigues (PT-AP), e obteve apoio de 12 dos 13 partidos com representação no Senado. O projeto segue para análise da Câmara dos Deputados.

Fonte: https://www.poder360.com.br/poder-congresso/psol-pede-inconstitucionalidade-de-projeto-sobre-restos-apagar/

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