Medidas ocorreram em um contexto de crescente pressão política de Donald Trump e seguem a tendência de outras empresas
O Citigroup anunciou na 5ª feira (20.fev.2025) uma revisão em suas políticas de diversidade, equidade e inclusão. A corporação financeira é uma das várias empresas dos Estados Unidos que vêm eliminando suas metas de diversidade no ambiente de trabalho desde a eleição de Donald Trump (Partido Republicano).
A decisão foi comunicada em um memorando pela presidente-executiva do grupo, Jane Fraser. Leia a íntegra do documento, em inglês (PDF – 94 KB).
No texto, a CEO explica que, apesar da mudança nas práticas para promover a diversidade, o Citigroup mantém o valor de uma força de trabalho diversificada.
A empresa não adotará mais metas de representação aspiracionais, a não ser que sejam obrigatórias pela lei local. Também não exigirá listas diversificadas de candidatos e painéis diversificados de entrevistadores.
Essas alterações refletem uma tendência mais ampla entre corporações americanas, que estão ajustando suas políticas de diversidade e inclusão em resposta às mudanças no cenário político e legal dos EUA.
Empresas como Accenture e Walt Disney também reduziram suas iniciativas de diversidade depois que Trump assumiu a presidência dos Estados Unidos.
O Goldman Sachs, por sua vez, abandonou uma promessa relacionada à diversidade em conselhos de administração, mas manteve suas metas internas de diversidade.
“Sei que muitos de nós, em todo o mundo, temos acompanhado os acontecimentos relacionados às iniciativas de diversidade em todas as instituições dos EUA –públicas, privadas, de ensino superior, entre outras– e, compreensivelmente, queremos saber o que isso significa para o Citi“, escreveu Fraser no comunicado “Atualização sobre o engajamento dos colegas”.
Fraser destacou 4 princípios fundamentais que guiam as mudanças:
buscar o melhor talento de pools mais amplos;
habilitar todos os colegas a se sentirem valorizados e prosperarem;
celebrar as culturas vibrantes e comunidades da força de trabalho global da empresa;
cumprir com as leis locais.
A CEO enfatizou a importância de continuar fornecendo oportunidades iguais de emprego e a não tolerância à discriminação ou assédio de qualquer tipo.
DIVERSIDADE
As iniciativas de DEI (Diversidade, Equidade e Inclusão) ganharam força em 2020, após o assassinato de George Floyd, em Minneapolis, com muitas empresas se comprometendo a aumentar a diversidade e a inclusão.
No entanto, críticos argumentam que esses programas priorizam fatores demográficos sobre o mérito na concessão de empregos.
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