Presidente dos EUA diz que utensílios feitos de papel quebram, explodem e não duram muito se a bebida estiver quente
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump (Partido Republicano), assinou na 2ª feira (10.fev.2025) um decreto que revoga a política de uso de canudos de papel em instalações federais.
A medida reverte uma diretriz do governo de Joe Biden (Partido Democrata) que previa eliminar gradualmente os plásticos descartáveis, incluindo os canudos, até 2035.
Vejao vídeo em que Trump assina o decreto (1min23s):
Trump afirmou que os canudos de papel “não funcionam” e “explodem” durante o uso. “É uma situação ridícula. Vamos voltar aos canudos de plástico”, disse durante a assinatura do decreto na Casa Branca.
O documento determina que as agências federais revisem seus processos de compras para permitir a aquisição de canudos plásticos.
O governo Trump cita estudos que indicariam a presença de substâncias PFAS (compostos perfluoroalquil e polifluoroalquil) nos canudos de papel, além de suposta maior pegada de carbono em sua produção.
Matt Seaholm, presidente da Associação da Indústria de Plásticos, afirmou que “‘voltar ao plástico’ é um movimento que todos deveríamos apoiar”. Seaholm também publicou em seu perfil no X mensagens de apoio à medida.
A campanha de Trump em favor dos canudos de plástico não é recente. Conhecido por seu consumo frequente de Diet Coke –tanto que instalou um botão no Salão Oval para solicitar a bebida–, Trump já se manifestava contra as restrições ao uso de canudos plásticos.
Em 2020, durante a campanha à reeleição, sua equipe comercializava canudos reutilizáveis no site oficial, com a mensagem: “Canudos de papel liberais não funcionam”.
Grupos ambientalistas contestam a medida
Segundo dados da EPA (Agência de Proteção Ambiental dos EUA, em inglês), cerca de 390 milhões de canudos são utilizados diariamente no país. Parte significativa desse número vai parar em ambientes marinhos.
A produção global de plástico dobrou desde 2000, atingindo aproximadamente 460 milhões de toneladas anuais.
Projeções indicam que esse volume pode quadruplicar até 2050, segundo dados do Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente.
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