Republicano determina que todos têm de trabalhar presencialmente; hoje, o governo federal dos EUA têm cerca de 2 milhões de empregados e metade fica em casa ou só vai parcialmente ao local de trabalho
Dentre as dezenas de decretos publicados em seu 1º dia de governo na 2ª feira (20.jan.2025), o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, decidiu encerrar o trabalho remoto para cerca de 1 milhão de funcionários públicos federais do país. Eis a íntegra da medida (PDF – 142 kB, em inglês).
“Os chefes de todos os departamentos e agências do Poder Executivo do governo devem, o mais rápido possível, tomar todas as medidas necessárias para encerrar os acordos de trabalho remoto e exigir que os funcionários retornem ao trabalho presencial em seus respectivos locais de trabalho em tempo integral”, determina o decreto.
Atualmente, os EUA empregam cerca de 2,3 milhões de pessoas em cargos da administração federal, dos quais quase 1,1 milhão são autorizados a fazer um regime híbrido, e 228 mil trabalham completamente de casa. Os dados constam em um relatório do OMB (sigla em inglês para Escritório de Gestão de Pessoal) de agosto de 2024. Eis a íntegra (PDF – 839 kB, em inglês).
Outro relatório (íntegra – 14 MB, em inglês), elaborado pelo senadora Joni Ernst (Republicana–Iowa), mostra que há prédios públicos federais com taxa de ocupação ínfima pela proporção de funcionários que trabalham em regime de home office. No Departamento de Energia (equivalente ao Ministério de Minas e Energia do Brasil), por exemplo, há capacidade para abrigar 4.838 funcionários –mas só 8 trabalham no local.
Parte da reforma almejada por Trump é revisar amplamente a estrutura do Estado norte-americano. Outros decretos do presidente dos EUA também determinaram o congelamento de novas contratações (exceto cargos essenciais, como militares) e a criação do Departamento de Eficiência Governamental, um órgão vistoriado pelo bilionário Elon Musk para implementar medidas de desburocratização e accountability de departamentos, agências e funcionários.