A CNN teve acesso exclusivo às informações sobre o caso de Cássia Correa Avellar Barcellos, de 59 anos, que teve o intestino delgado e o fígado perfurados durante lipoaspiração no Hospital Barra Plástica, em 15 de março, no Rio de Janeiro.
Após 28 dias do procedimento, a paciente segue internada no Hospital Naval Marcílio Dias em estado grave, mas estável e com sequelas.
Como a família chegou até o médico?
A paciente procurou o médico Alberto Birman para realizar a lipoaspiração, recomendado pela filha, a também médica Nicole Birman, que havia realizado com sucesso uma cirurgia corretiva no rosto da paciente. No entanto, a família não foi informada de que o médico tinha outros seis processos no Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro relacionados a erros médicos.
Como foi a cirurgia?
A lipoaspiração durou sete horas e, no pós-operatório, a paciente sentiu fortes dores no abdômen, além de desmaios e vômitos. Após o primeiro dia, o médico responsável pediu que ela continuasse sob observação, porém a paciente teve que permanecer mais um dia no hospital. Cássia também não realizou exames de imagem ou tomografias no local.
Internação
A transferência para o Hospital Naval Marcílio Dias revelou que Cássia apresentava infecção generalizada em diversos órgãos e uma perfuração na alça do intestino delgado e no fígado. Alberto Birman foi ao hospital ver Cássia sem informar a família e está atualmente proibido de visitar a paciente.
Cássia Correa Avellar Barcellos no dia da cirurgia, em 15 de março. Arquivo pessoal/Cássia Avellar Barcellos
Investigação
A Polícia Civil investiga o caso por lesão corporal e o estabelecimento foi notificado para esclarecer questões administrativas. Os responsáveis pelo procedimento cirúrgico serão ouvidos pela Polícia Civil na próxima semana.
A Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica emitiu nota manifestando solidariedade às vítimas e suas respectivas famílias. O Conselho Regional de Medicina do Estado do Rio de Janeiro disse que investiga o caso.
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