Entre os que se disseram dispostos a investir, cerca de 3,8 milhões estariam dispostos a aportar uma quantia superior a R$5.000,00
Pesquisa AtlasIntel mostra que 23,5% dos torcedores investiriam em ações de clubes caso fossem ofertadas no mercado de capitais –o equivalente a aproximadamente 48 milhões de brasileiros. Entre os que se disseram dispostos a investir, 8,2% (mais de 3,8 milhões de pessoas) estariam dispostos a aportar uma quantia superior a R$5.000,00.
A pesquisa foi realizada pela AtlasIntel em parceria com a CBF Academy de 1º a 14 de março de 2024, com o total de 4.445 respondentes. A margem de erro é de 1 p.p. (ponto percentual) para mais ou para menos. O nível de confiança é de 95%. O relatório “Perfil Demográfico da Torcida Brasileira de Futebol” será apresentado na 4ª feira (26.nov.2025) durante o evento CBF Summit.
Conforme a AtlasIntel, o Brasil tem, hoje, cerca de 5 milhões de investidores pessoa física. A entrada dos clubes na B3 poderia multiplicar por até 10 este universo.
“Isso seria um novo atrativo para os clubes se capitalizarem, uma super ampliação do número de pessoas na Bolsa e uma forma também de transferir parte dos gastos que os brasileiros têm feito nas bets para investimento direto nos clubes”, disse Marcelo Rotenberg, diretor de Políticas Públicas na AtlasIntel.
O Flamengo aparece no topo do ranking dos clubes que os entrevistados estariam dispostos a investir. É seguido por Palmeiras, Bragantino, São Paulo, Fluminense e Botafogo.
Segundo a pesquisa, 36,4% dos torcedores são a favor de que os clubes se tornem SAFs (Sociedades Anônimas do Futebol), enquanto 27,1% são contrários. Os que declararam não saber se apoiam ou não o modelo somam 36,5%.
“Esses resultados indicam que, apesar da crescente visibilidade das SAFs na mídia e na indústria do futebol, o tema ainda exige mais comunicação, pedagogia e clareza por parte de clubes, dirigentes e especialistas para que o torcedor consiga formar uma opinião mais consolidada”, diz a AtlasIntel.